Puskas NSF: os nossos dez candidatos a gol do ano


Depois de a FIFA divulgar seus candidatos a melhor jogador do mundo, eis que na madrugada seguinte os editores deste blog resolveram criar a "Lista NSF", com os candidatos do futebol alternativo. Deu certo. Pois agora resolvemos fazer algo do tipo, mas nos baseando na seleção da entidade máxima do futebol (falando assim até parece uma empresa limpa) dos dez gols mais bonitos da temporada, no conhecido Prêmio Puskas. Organizamos então o Puskas NSF, com nossas dez sugestões.

Para facilitar na escolha, contamos gols feitos apenas em 2015. E aí, qual destes você escolheria? Faltou alguém? Quem? Fala aí!

Federico Falcone (Valletta/ARG)

Falcone é um atacante argentino de 24 anos, formado no Newell's Old Boys, que já atuou no Chile e está no Valletta, de Malta, desde a atual temporada. Até aí, nada de mais, até vermos o gol que ele fez contra o Qormi, no campeonato maltês. Em passe do defensor brasileiro Romeu Romão, Falcone acertou uma linda bicicleta na risca da área. Epetacular, diria Juan Pablo Sorín.

Juan Agudelo (New England Revolution/EUA)
O New England acabou eliminado pelo DC United nos playoffs da Major League Soccer, mas o gol que abriu o placar na partida em Washington merece muito destaque. O cruzamento de Kevin Alston parecia mais propenso para a zaga rival, mas Agudelo se antecipou com uma bicicleta que deixou todo mundo boquiaberto.

Rainford Kalaba (Mazembe/ZAM)
O meia de 29 anos do Mazembe não tem exatamente uma carreira de encher os olhos. O zambiano já teve chances na Europa, mas pouco fez em passagens por Nice B, Gil Vicente e União Leiria. De encher os olhos mesmo foi o gol que ele fez pelo time congolês no jogo de ida da final da Liga dos Campeões da África, contra o Alger, na Argélia.

Moanes Dabour (Grasshopper/ISR)

O Grasshopper lamenta que este gol do israelense Dabour não tenha valido por dois. O atacante de 23 anos grudou a bola no pé, passou por um mar de adversários do Sion dentro da área e marcou um golaço no campeonato suíço. Pena para o time dele que o Sion acabaria vencendo de virada por 3 a 2.

Jô (São José-RS/BRA)


O começo de campeonato gaúcho do Internacional foi com alguns percalços, com só uma vitória em quatro rodadas. Numa dessas partidas sem vitórias, o atacante Jô, do São José, fez uma pintura no Beira-Rio. A bola cruzada na área nem necessitou de qualquer aparos: a bicicleta foi direta, encobrindo Alisson - o jogo acabaria 4 a 4. Jô, aliás, segue no Zequinha, sendo um dos destaques do time campeão da chave Sul da Copa Valmir Louruz (a Copa RS).

Martin Hansen (ADO Den Haag/HOL)


A cena é até clássica: time perdendo por um gol de diferença, acréscimos, goleiro na área. O que aconteceu na sequência de Den Haag v PSV é que foi incrível, na atual liga holandesa. Martin Hansen, do time da casa, acertou um improvável desvio de calcanhar e anotou o gol do 2 a 2. E que golaço! O primeiro da carreira dele.

Luis Bolaños (Deportivo Cuenca/EQU)
Sim, é aquele Bolaños, de passagem memorável (só que bem ao contrário) em Internacional e Santos. Com uma boa dose de sorte, "Chucho" Bolaños mandou um gol de calcanhar de fora da área contra a Universidad Católica, no campeonato equatoriano. Provavelmente ele erraria outras nove tentativas de fazer isso, mas valeu para entrar no nosso Puskas NSF.

Vasile Mogos (Reggiana/ROM)
Saída de bola, começo de jogo, hora de acalmar as coisas e trabalhar a bola com paciência para furar a defesa adversária. A Reggiana mandou às favas tudo isso. Contra o FeralPisalò, na terceira divisão italiana, o time de Reggio Emilia precisou de sete segundos e sete toques na bola parar abrir o placar. E com um bônus: a comemoração curiosa do romeno que marcou, Vasile Mogos. Belíssima jogada, bisonha festa.

Sergio Escudero (Jiangsu Sainty/JPO)

Este é um golaço verdadeiramente globalizado. Sergio Escudero nasceu na Espanha, começou a carreira na base na Argentina, foi para o Japão, atuou na Coreia do Sul, hoje está na China e tem cidadania japonesa. Complexo, não? Quase tanto quanto a elasticidade que ele mostrou para marcar pelo Jiangsu Sainty, na rodada final do chinesão. Bicicleta dessas lindas de ver.

Denis Talalay (Mika Yerevan/RUS)
O meia russo fez um daqueles gols que a gente pensa ver só em pelada ou jogos festivos. No campeonato armênio, contra o Banants, depois de escanteio cobrado rasteiro, dois jogadores deram um ótimo corta-luz para Talalay chegar batendo de primeira. Gol da vitória do Mika por 1 a 0. Ele provavelmente comemorou mandando um alô para os haters do "escanteio curto". Mesmo assim, vale lugar aqui!

Aí estão os nossos dez candidatos, mas não vá embora ainda. Resolvemos citar dois prêmios que bem que poderiam ser levados à FIFA. Confere aí:

A defesa do ano
Itumeleng Khune é o goleiro titular da África do Sul, atuou na Copa das Confederações 2009 e na Copa do Mundo 2010, e já tem bastante experiência mesmo só com 28 anos. Experiência o bastante para imitar René Higuita e seu histórico escorpião... num jogo valendo pontos. Khune realizou a proeza na vitória do Kaizer Chiefs sobre o Mpumalanga, na liga sul-africana. Aplausos para ele.

A assistência do ano
Aqui, premiamos o melhor passe para gol deste 2015. Aquele que surpreendeu a defesa adversária, que deixou o atacante na melhor condição possível para marcar. O prêmio é seu, Luis Garay. Sabe quem é? O árbitro do jogo entre Sporting Cristal e Juan Aurich, no Peru. Irven Ávila, do Cristal, agradeceu a "assistência" e marcou o gol decisivo para seu time, que ganhou por 3 a 2.

Foto: marcelocampos.final.com.br
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